“ÓPERA IRMÃ DULCE” E “CONCERTO AVE DULCE” PRESTAM HOMENAGEM À SANTA DOS POBRES.

Apesar de atuar na Europa há mais de duas décadas, o maestro Roberto Laborda mantém laços estreitos com o Brasil. Natural de Salvador, o regente da Orquestra Metropolitana de Barcelona e diretor do Conservatório de Pamplona, dedicou uma de suas obras à Irmã Dulce, religiosa que ele conheceu pessoalmente quando criança.
A “Ópera Irmã Dulce” em dois atos fala da trajetória de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a freira católica nascida em Salvador, Bahia, em 26 de maio de 1914. Sua obra foi totalmente dedicada aos carentes. Por esse motivo, em 13 de outubro de 2019, foi canonizada pelo Papa Francisco e passou a ser chamada de “Santa Dulce dos Pobres”.
As Obras Sociais Irmã Dulce, fundadas pela religiosa em 1959, a partir de um galinheiro, abriga hoje um dos maiores hospitais do país, que atende somente pelo SUS, com quase seis milhões de procedimentos por ano. Mas suas atividades não se limitaram ao hospital. Ela criou escolas, cursos profissionalizantes e até um restaurante popular para atendimento de operários e suas famílias.
“CONCERTO AVE DULCE”
Um derivado da ópera é o “Concerto Ave Dulce”, no qual são apresentadas algumas árias da Ópera Irmã Dulce, com orquestra e cantores no palco. No programa do concerto, também são apresentadas outras composições de Roberto Laborda, como “Romanza de Riga”, que conquistou o primeiro lugar no concurso da Academia de Música de Viena, em 2023.
O Concerto Ave Dulce foi aprovado na Lei Rouanet e deverá estar em teatros brasileiros ainda em 2025.
VEJA:
MILAGRES
Irmã Dulce teve dois milagres reconhecidos pelo Vaticano. Em 2001, as orações em seu nome teriam feito cessar uma hemorragia de uma mulher de Sergipe que padeceu durante 18 horas após dar à luz o seu segundo filho. O segundo e derradeiro milagre que ratificou a canonização foi a cura do músico José Maurício Moreira. Em 2014, na Bahia, ele voltou a enxergar depois de 14 anos, após pedir à Irmã Dulce que aliviasse as dores do glaucoma.